Hoje quero falar sobre fatos relacionados ao futebol e ao São Paulo que muito pouca gente sabe. Sou um apaixonado pelo futebol desde os 7 anos . Joguei por trinta anos e abandonei quando achei que estava perdendo a intimidade com a bola. Vejo tudo que posso sobre futebol, o que não é fácil porque meu tempo disponível não é muito. Não só por causa do trabalho e outros afazeres, mas também pelo tempo que procuro dedicar a minha mulher e meus filhos pequenos, Rafaela, de 4 anos, e Miguel, que fará 1 ano em novembro. Pouco vou aos estádios, e por isso, desenvolvi uma capacidade de análise através da televisão, o que limita um pouco a visão de conjunto, mas em contrapartida, me dá uma riqueza de detalhes enorme. Não perco um jogo do São Paulo, mesmo quando estou viajando no exterior, um aparelhinho faz a conexão entre a televisão da minha casa e meu computador. Com isso, assisto a todos os jogos em realtime, mesmo os transmitidos em pay-per-view, e com grande nitidez se a internet for rápida. Meus amigos muitas vezes riem de mim quando falo que vou ver uma partida do São Paulo contra um time para eles desconhecido. Gosto muito do lado técnico no futebol, da estratégia, da armação do time. Sou daqueles que acreditam que o técnico faz, sim, muita diferença.
Nunca tive a intimidade com os bastidores do futebol, mas em 2003, o meu saudoso amigo, Marcelo Portugal Gouvea, ex-presidente, são-paulino fanático e um homem de bem, me aproximou de diretores, técnicos e jogadores. Em 2005, me concedeu a honra de chefiar a delegação do São Paulo que foi a Tóquio para vencer o Liverpool e se tornar tri-campeão mundial de futebol. Marcelo me deu também uma carteirinha de assessor da Presidência. Juvenal Juvêncio, quando assumiu a Presidência, manteve essa gentileza para comigo. Esse cargo sempre foi para mim uma honra e um orgulho, porém, nunca freqüentei reuniões com dirigentes, nem participei da retaguarda dirigente. Não fiz isso por falta de tempo e talvez de vocação. Algumas vezes vou ao CT e converso com os jogadores para os quais já fiz algumas palestras. São-paulinos, esta é, em linhas gerais, a minha relação com o São Paulo.
Tenho amor, respeito e lealdade pelo Clube, pelos seus dirigentes, pelo seu Conselho e pelas pessoas de bem que estão lá e por lá já passaram. Nunca trabalharei contra, mas muitas coisas acontecem atualmente neste Clube tão maravilhoso que é o São Paulo Futebol Clube e que, na minha opinião, contribuiram para, por exemplo, perdemos este ano a Libertadores mais fácil da nossa historia e que, nesses últimos tempos estao levando o time a andar para trás, não apenas no futebol. Espero de coração que as pessoas caiam na realidade e ajam a tempo de resgatar os valores mais importantes do São Paulo. Espero ainda que esse time continue dando orgulho a quem mais o ama: todos nós torcedores e amantes do bom futebol.