São Paulinos a situação está muito ruim, mas não é o momento de perder a cabeça. O jogo de ontem só pode ser classificado como “coisas do futebol.” E por isso que esse esporte é apaixonante. O primeiro tempo, exceção dos primeiros 15 minutos, foi um show de horror do São Paulo, refletido no placar parcial: 4 X 1 para o Atlético Goianiense. Já na segunda etapa, a raça e a superação, bem como as modificações de Ney Franco fizeram a diferença. Mas o efeito perdurou apenas por 25 minutos. Os quarto e quinto gols são-paulinos, que pareciam tão próximos, não vieram.
Não adianta procurar os culpados do jogo de ontem. Temos, porém que encarar a realidade. Já disse em outras oportunidades que o São Paulo tem um elenco desequilibrado e de pouca qualidade. Não me lembro de outros tempos em que o time tenha trocado tantos técnicos como ultimamente.
Nessa semana conheci Ney Franco pessoalmente. Me pareceu um homem sério, conhecedor de futebol e com enorme comprometimento e vontade de acertar no São Paulo. O problema é que ele chegou há pouco mais de duas semanas e com rodadas no meio e nos finais de semana, não teve oportunidade de fazer ao menos um treino para colocar em prática suas ideias. Em suma: ele pegou um avião que precisa trocar a turbina durante o vôo.
Também reconheço que faltam jogadores. Mas onde buscá-los? Onde estão jogadores que de fato fariam a diferença no São Paulo? Quantos Juninhos Pernambucanos existem por aí, que com 37 anos, talento, seriedade e aplicação contribui firmemente para colocar o Vasco na liderança do campeonato? Contratar jogadores não é uma tarefa fácil. Existem atletas que estão brilhando em equipes intermediárias e que quando chegam a um time grande, custam a se adaptar. Mesmos craques renomados vindos de grandes clubes, às vezes, demoram a fazer a diferença. É preciso calma. Vamos por a cabeça no lugar e encarar o Flamengo no domingo.